A tarifa média de gás natural paga pela indústria paraibana é a segunda mais alta do Brasil, com valor de US$ 19,64/MMBtu. As conclusões são do estudo realizado pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), tendo como base a análise das tarifas de gás natural industrial de 18 distribuidoras atuantes em 15 Estados.
O valor da tarifa do Estado é 36,86% superior à média de US$ 14,35/MMBtu encontrada para um conjunto de 23 países, como Estados Unidos, Reino Unido e França. Entre os 15 Estados brasileiros contemplados pelo estudo, a Paraíba tem tarifa 16,63% superior à média brasileira (US$ 16,84/MMBtu), ficando atrás apenas do Ceará (US$ 19,97/MMBtu).
Em comparação com o cenário internacional, a Paraíba apresenta tarifa mais elevada do que 18 países, e paga 50,27% mais caro do que a tarifa média (US$ 13,07/MMBtu) dos três principais parceiros comerciais do país, Alemanha, China e Estados Unidos, e 170,9% a mais do que a média dos demais países do Brics, Rússia, China e Índia (US$ 7,25/MMBtu).
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), Magno Rossi, os dados são preocupantes e demonstram que o Estado está menos competitivo em relação a outras regiões do Brasil e do mundo. “O gás é um insumo importante para a indústria, e saber que o Estado tem um valor tão alto reduz a capacidade de atração de investimentos e de geração de empregos na Paraíba”, criticou.
Para Magno, alguns Estados têm subsídios para reduzir os valores das tarifas, mas este ainda não é o caso da Paraíba.
Além disso, o líder empresarial vê com preocupação os valores do Estado em relação a países como China e Índia. “Acabamos perdendo mercado para esses países por falta de competitividade”, analisa.
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