domingo, 27 de novembro de 2011

Pipas causam centenas de interrupções de energia em João Pessoa


A cada dois dias, milhares de moradores de João Pessoa ficam sem luz por causa das pipas. Até o dia 20 de novembro, elas causaram 159 suspensões no fornecimento de energia, de acordo com levantamento da Energisa. A região campeã de ocorrências é Mangabeira. Lá, as pipas foram responsáveis por 27 interrupções, sendo que mais de 80% aconteceram nos três primeiros meses do ano, época de férias escolares.

Por isso, a Energisa intensificou as campanhas de conscientização presenciais e as ações preventivas. Em novembro, a unidade móvel do Projeto Energisa Comunidades visitou três escolas em bairros considerados críticos - Mangabeira, Costa e Silva e Paratibe. Os educadores ministraram palestras com recomendações sobre como evitar acidentes e brincar em segurança. "Nossa principal orientação é procurar um local afastado da rede elétrica, como campos e parques", afirma José Ricardo Dias Pinto, eletricista e palestrante do projeto.

Para Regina Liosa, diretora da escola Capistrano de Abreu (Costa e Silva), a visita foi muito importante para o aprendizado dos jovens: "É algo diferente, eles aprendem melhor porque são técnicos explicando o assunto. Aprendendo essas informações, eles podem repassá-las em casa, para as famílias deles".

De acordo com o gerente do Departamento de Construção e Manutenção da Distribuição da Energisa, Francisco Carlos Brasil, além das perigosas descargas elétricas, quando enroscadas em postes, transformadores e cabos elétricos, as pipas provocam curtos-circuitos e acionamento de chaves e disjuntores para proteção de equipamentos instalados na rede elétrica, tendo como conseqüência a interrupção do fornecimento de eletricidade e até a queima de eletrodomésticos na vizinhança. "Fazemos inspeções periódicas nas linhas para retirar restos de pipas que ficam agarradas. Na última operação, em apenas um dia, recolhemos uma grande quantidade de lixo. Mas, não é possível varrer toda a rede, todos os dias. Por isso, precisamos da colaboração da população", apela Brasil

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