Um estudo divulgado nesta segunda-feira (7), pela Confederação Nacional de Municípios – CNM – revelou que a Paraíba não recebeu nos últimos dois anos investimentos para tratamento de dependentes químicos ou para o desenvolvimento de políticas públicas antidrogas - entre as quais o crack, um dos principais responsáveis por mortes de jovens no Estado.
O mesmo estudo apontou que apesar da falta de recursos, os únicos entes da federação que trabalham para minimizar a problemática do uso de drogas são alguns municípios.
A Secretaria Nacional Anti-Drogras (Senad), que está vinculada ao Ministério da Justiça, não tem no OGU - Orçamento Geral da União - nenhuma dotação orçamentária, não sendo possível avaliar seus investimentos.
Dentro do Ministério da Justiça as ações e programas também não esclarecem o que é destinado à subvenção da SENAD.
Tabela - CNM O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, apresentou alguns dados da ação do crack após uma pesquisa realizada em 4.400 municípios brasileiros. Destes, 63,7% têm problemas na área da saúde por causa do crack.
Os dados apontam "falta de estrutura para atendimento de usuários e a quase unânime falta de recursos financeiros para aplicar em políticas de prevenção de tratamento, reinserção social e combate ao tráfico”.
Ziulkoski disse que a pesquisa será fechada no próximo fim de semana semana, mas ele adiantou que o quadro é alarmante.
Os estudos ainda comprovaram o que já vem sendo observado pela sociedade nos último anos a presença do crack nas escolas, o crescimento da violência entre os jovens e a presença de estudantes armados.
De acordo com investigações policiais na Paraíba, a maioria dos homicídios registrados no Estado são motivados direta ou indiretamente pelo tráfico de drogas, relacionados a disputas do comando do tráfico ou ‘acerto de contas’
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