sábado, 15 de setembro de 2012

Paraíba é o 2º Estado do Brasil que mais perdeu leitos de internação do SUS nos últimos sete anos

Matéria publicada pela Agência Brasil nesta sexta-feira (14) revela que a Paraíba foi o segundo Estado do Brasil que mais desativou leitos nos últimos sete anos.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o estado paraibano perdeu 19,2% de seus leitos.

Confira a matéria na íntegra:

Levantamento do CFM (Conselho Federal de Medicina) com base em dados do Ministério da Saúde aponta que quase 42 mil leitos de internação do SUS (Sistema Único de Saúde) foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012.

Entre as especialidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a psiquiatria (com perda de 9.297 leitos), a pediatria (menos 8.979 leitos), a obstetrícia (menos 5.862), a cirurgia-geral (menos 5.033) e a clínica-geral (menos 4.912).

Mato Grosso do Sul é apontado como o Estado brasileiro que mais perdeu leitos (-26,6%), seguido pela Paraíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%). Em números absolutos, São Paulo aparece na frente, com a redução de 10.278 leitos, seguido por Minas Gerais, com 5.177, e pelo Paraná, 3.057.

Já Roraima, segundo o levantamento, é o Estado que registrou o maior aumento no número de leitos no mesmo período (33,5%), seguido por Rondônia (23,6%) e pelo Amapá (9,2%). Em números absolutos, o Pará aparece na frente, com 793 leitos criados, seguido por Rondônia, com 622, e pelo Amazonas, com 360.

Por meio de nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Ávila, avaliou que grande parte dos problemas enfrentados pelo SUS passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do governo.

"Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que 'faltam médicos no país'. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do SUS", disse no comunicado.

O Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM não fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consideração.

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