quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Porto de Cabedelo abre sindicância para apurar morte de funcionário terceirizado

A Companhia Docas da Paraíba determinou a abertura de uma sindicância para investigar as causas do acidente que matou, nesta quarta-feira (1), o trabalhador Manassés Anísio de Morais, de 42 anos, contratado por uma empresa terceirizada. Ele estava no cais do porto e morreu prensado na grab, um equipamento dotado de garras que funciona com o auxílio do guindaste e é usado nas operações de carga e descarga das embarcações.

Manassés havia encerrado o trabalho de descarregamento de um navio de ilmenita e auxiliava em uma manobra, com o apoio de duas empilhadeiras, quando aconteceu o acidente. A grab, que pesa oito toneladas, estava apoiada numa base de madeira e seria levantada pelas empilhadeiras para ser removida da área do cais. O trabalhador teve morte imediata.
Segundo o assessor jurídico da Companhia Docas da Paraíba, José Bezerra Pires, o trabalhador que morreu não é contratado pela Companhia.

O Porto de Cabedelo apenas cede o espaço para a armazenagem dos produtos que chegam dos navios. Estes, por sua vez, contratam empresas portuárias que oferecem mão de obra e máquinas para os serviços de carga e descarga. "Cabe aos operadores portuários ou arrendatários a responsabilidade pela contratação da mão de obra e dos equipamentos usados nas operações do porto. A nós cabe, apenas, a cobrança das tarifas portuárias e a gestão dos contratos de arrendamento" esclareceu o assessor jurídico.

Segundo a direção do Porto, logo que aconteceu o acidente, a área foi isolada. O trabalho da perícia foi acompanhado pelo supervisor de Segurança Portuária e coordenador do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, Jonildo de Oliveira Casado. "Foi uma fatalidade", disse ele.

Os dois funcionários que operavam as empilhadeiras na hora do acidente prestaram depoimentos na delegacia e foram liberados. A Companhia Docas ofereceu à família da vítima, que mora em Cabedelo, o apoio de um assistente social e de um psicólogo. O corpo de Manassés Anísio seguiu para o Instituto de Medicina Legal (IML).

É a primeira vez que um acidente desta natureza acontece na área do porto nos últimos anos - o Porto estava a 5 mil dias sem acidentes. A Companhia Docas da Paraíba tem 55 empregados contratados e todos recebem treinamentos sob a fiscalização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).

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