quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novas imagens constatam que situação do Trauma ainda é caótica

Os integrantes do Conselho Regional da Medicina da Paraíba fiscalizaram o Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena, em João Pessoa, nesta quarta-feira (11) e encontraram a mesma situação da última inspeção do dia 28 de abril: superlotação e falta de infraestrutura. Mais uma vez o CRM teve atrito com a assessoria de imprensa do Trauma .

Assista abaixo às imagens gravadas nesta quarta-feira (11) por funcionários do Trauma

As imagens acima foram feitas nesta quarta enquanto o secretário de Saúde, Waldson de Souza, era sabatinado na Assembleia Legislativa. É possível ver 36 macas com pacientes no local classificado como Extensão da Área Verde, que nada mais é que um grande pátio interno do hospital. Lá a reportagem do Paraíba1 encontrou um paciente que estava internado há 15 dias. “Eu tenho duas crianças para criar e o sofrimento aqui é grande”, lamentou o paciente Nildo Marcos de Sousa.

Na Pediatria, o diretor de fiscalização do CRM, Eurípides Mendonça, constatou a ausência de cirurgião pediátrico e ainda mofo pelas paredes. De acordo com Eurípedes, a deficiência na infraestrutura colabora para a infecção hospitalar. Sobre a carência de cirurgiões pediátricos, o diretor de fiscalização garantiu que o adequado seria ter, no mínimo, um pediatra no plantão.

Os médicos do CRM irão elaborar um relatório que será encaminhado ao Trauma e também à Secretaria de Saúde do Estado. Um dos diretores do hospital, Ginaldo Lago, informou que a direção está trabalhando para que os pacientes sejam atendidos de forma ideal.

CRM X assessoria do Trauma

Durante a inspeção dois funcionários, que se identificaram como sendo da assessoria do Trauma, acompanharam toda ação, mas um deles ficou todo o tempo com uma câmera filmadora registrando todos os passos dos médicos. Os integrantes do Conselho se sentiram intimidados e suspenderam a inspeção por alguns minutos para cobrarem da direção do Trauma uma intervenção em relação à atitude dos assessores.

Após a denúncia ter sido feita, o assessor que estava com a filmadora não acompanhou mais. Antes da vistoria começar o CRM já havia conversado com a direção sobre a atitude de outros assessores que teriam intimidado um médico fiscal durante a fiscalização do último dia 28. “Quando estávamos entrando no Trauma, uma pessoa que se dizia ser da assessoria colocou um microfone de manteira ostensiva no rosto do nosso médico fiscal”, esclareceu Roberto Magliano, primeiro secretário do CRM