segunda-feira, 30 de maio de 2011

Gilberto Carneiro detona comando de greve da Educação, cirugiões do Trauma e Conselho Regional de Medicina

O secretário de administração do Governo da Paraíba, Gilberto Carneiro, soltou o verbo nesta segunda-feira (30) contra o comando de greve dos professores estaduais, contra os médicos cirurgiões que paralisaram suas atividades no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e contra o Conselho Regional de Medicina, que segundo ele apoiou a “paralisação coletiva” dos médicos.

Carneiro, no entanto, já avisa que nenhum aumento poderá ser dado neste ano e que todos os reajustes salariais ficarão apenas para o ano que vem. Ele explica que isto se dá porque apenas no final deste ano é que o Estado deve equilibrar suas contas ao ponto de atingir o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que manda o Estado não paga mais de 49% de sua receita em folha de pessoal. “Quando assumimos o Governo este índice era de 58%. Hoje está em 52% e até o final do ano esperamos colocar a Paraíba na legalidade”, declara.

Sobre os professores em greve, ele disse que o ato de invadir o Palácio da Redenção durante protesto desta manhã mostra que os líderes grevistas perderam o rumo. “Foi um ato completamente extemporâneo em que os sindicatos perderam o rumo do bom senso”, disparou. Ele disse ainda que a greve não tem legitimidade e que 85% das escolas estão funcionando. “Apenas 15% dos professores, a maioria de João Pessoa e Campina Grande, aderiram à paralisação”, frisou.

Já no que diz respeito à paralisação dos cirurgiões, num ato que resultou na morte de um motoqueiro acidentado que não conseguiu atendimento, o secretário declara que os médicos boicotam os concursos públicos para obrigar o Estado a continuar contratando cooperados, com o objetivo de terem maior poder de barganha. Ele diz que o abandono dos plantões por parte dos médicos foi um “ato irresponsável” e garante que o Estado vai fazer de tudo o que esteja dentro da legalidade para garantir o atendimento.

Por fim, suas artilharias miraram contra o CRM da Paraíba. “O Conselho Regional de Medicina tem uma responsabilidade muito grande neste ato, porque é um absurdo eles apoiarem uma paralisação coletiva como estas. Isto não podia nunca acontecer”, lamentou.

A entrevista foi concedida ao Correio Debate, da 98 FM.

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