sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Entidades militares repudiam Secretário que mandou separar PMs de detentos, para evitar comércio de drogas no Róger

O Clube dos Oficiais, a Caixa Beneficente e a Associação de Sub Tenentes e Sargentos da Polícia Militar da Paraíba encaminharam na noite desta quinta-feira a redação do ClickPB, nota de repúdio ao Secretário da Administração Penitenciária do Estado (Seap), Walber Virgolino, que através de memorando exigiu que os apenados do presídio do Róger deixassem de ter contato com PMS na cozinha, como forma de extinguir a comercialização de drogas naquela casa de detenção.

Na nota, a entidades afirmam que conteúdo do documento oficial quando afirma que a determinação de isolar os policiais militares dos presidiários se destina a extinguir a comercialização de drogas, é uma acusação grave, que pressupõe a existência de provas cabais do envolvimento de todos os Policiais Militares que prestam serviço naquele presídio.


No memorando, o novo Secetário foi preconceituoso e usou expressões inadequadas na correspondência oficial , afirmam as entidades.

“Ao cumprimentá-lo, solicito, em caráter de URGÊNCIA, que realize isolamento de toda cozinha da Penitenciária Flósculo da Nóbrega (Róger), transferindo os apenados para o interior da unidade, evitando qualquer contato com a Polícia Militar, com o objetivo de extinguir a comercialização de drogas.” disse Walber através de memorando encaminhado ao Gerente Executivo do Sistema Penitenciário, Arnaldo Sobrinho.



Confira a nota de repúdio:



CLUBE DOS OFICIAIS DA POLICIA E BOMBEIROS MILITAR
CAIXA BENEFICENTE DE OFICIAIS E PRAÇAS PM/BM
ASSOCIAÇÃO DOS SUB TENENTES E SGTs DA PM/BM
Nota de Repudio
Tendo em vista às repercussões decorrentes de um memorando emitidos pelo Secretário de Administração Penitenciária dirigido ao Gerente Executivo daquela pasta, no qual são feitas acusações generalizadas aos Policiais Militares, as entidades representativas dos Policiais Militares e Bombeiros Militares, vêm a público repudiar e comunicar o seguinte:

Não concordamos com atitudes delituosas praticadas por policiais, civis ou militares, sejam quais forem às circunstâncias;

O conteúdo do documento em referência, ao afirmar que a determinação de isolar os policiais militares dos presidiários se destina a extinguir a comercialização de drogas, é uma acusação grave, que pressupõe a existência de provas cabais do envolvimento de todos os Policiais Militares que prestam serviço naquele presídio;

Se o Secretário de Administração Penitenciária dispõe de tais provas, com nomes e fatos concretos, que adote as providências cabíveis para que os verdadeiros responsáveis respondam na forma da lei, evitando que os demais Policiais Militares que prestam serviço naquele estabelecimento, sejam levianamente e injustamente acusados;

Lamentamos que o uso das inadequadas expressões utilizadas na correspondência oficial em questão, que pode ter sido fruto de uma legítima empolgação, inaceitável ingenuidade, ou indisfarçável predisposição, venha atingir moralmente toda Polícia Militar, que tem se dedicado a causa maior de proteger o cidadão Paraibano;
Diante desses fatos apresentamos votos de repúdio ao conteúdo do documento ora mencionado, ao tempo em que aguardamos que aquela autoridade faça a conveniente retratação publica para que o harmonioso convívio entre os integrantes das instituições de segurança pública seja preservado.


Francisco de Assis Silva – Cel PM Presidente do COPM/BM


Maquir Alves Cordeiro – Cel PM Presidente da CB/PM/BM


Marcílio de Lima Braz – Tem PM Presidente da ASSPOM


do clickpb

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