sexta-feira, 2 de março de 2012

Morre monitor baleado em fuga de adolescentes internos na Paraíba

Morreu na noite da quinta-feira (1°) o monitor do Centro Educacional do Adolescente (CEA) que havia sido baleado durante um ação criminosa que resultou na fuga de dois internos da instituição. Por volta das 17h, um carro oficial levava os internos de volta para a unidade, após eles se submeterem a exames médicos de rotina, quando um grupo de criminosos rendeu o motorista do veículo e um agente socioeducativo, resgatou a dupla e depois atirou contra os funcionários. A principal suspeita do órgão é de que fuga dos internos tenha envolvimento com a briga de facções criminosas na capital paraibana.


A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac), que administra o CEA, informou por meio de nota que abriu um procedimento administrativo de sindicância para apurar os fatos ocorridos. Informou também que já foi aberto um inquérito policial. A assessoria jurídica do órgão deve encaminhar nesta sexta-feira (2) um relatório da ação para a 9º Delegacia Distrital de Mangabeira.

O monitor que morreu estava dirigindo o carro de onde os internos foram resgatados. Segundo a assessoria de imprensa da Fundac, ele foi atingido com um disparo na cabeça e depois foi socorrido e levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. O boletim divulgado nesta sexta-feira informa que ele passou por atendimento, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Após o resgate dos internos, a Polícia Militar foi acionada e faz buscas pela cidade. As equipes chegaram a cercar a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), após obter informações de que os criminosos haviam fugido para instituição, mas nenhum suspeito foi encontrado.
A tenente Viviane Vieira, do 5º Batalhão da Polícia Militar, criticou o procedimento de transporte dos adolescentes. Ela questionou o fato da equipe não estar armada e não solicitar escolta policial. Conforme a assessoria da Fundac, os menores de idade são tratados como internos com o objetivo de reabilitá-los, e não como detentos ou presidiários, por isso as armas não são utilizadas.

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